Raimundo Sirino
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Sustentabilidade na Agricultura Familiar
práticas e desafios para um futuro sustentável
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A agricultura familiar é a espinha dorsal da produção de alimentos no Brasil e no mundo, representando a principal fonte de abastecimento para mercados locais e garantindo a segurança alimentar de milhões de pessoas. No Brasil, segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017, cerca de 77% dos estabelecimentos rurais são de agricultores familiares, responsáveis por aproximadamente 70% dos alimentos consumidos no país.
Apesar dessa relevância, pequenos produtores enfrentam desafios como acesso limitado a crédito, infraestrutura precária e impactos das mudanças climáticas, que ameaçam sua sustentabilidade a longo prazo. Nos últimos anos, políticas públicas como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ajudaram a impulsionar o setor, mas especialistas alertam que a vulnerabilidade econômica ainda é uma barreira significativa para seu desenvolvimento.
No cenário global, a agricultura familiar também ocupa um papel central na produção de alimentos e na preservação ambiental. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima que 80% da comida consumida no mundo venha desse modelo produtivo, que emprega cerca de 2,5 bilhões de pessoas. Países como Índia, China e diversas nações africanas dependem fortemente da agricultura de pequena escala para garantir a subsistência de suas populações.
No entanto, o setor enfrenta desafios semelhantes em diferentes partes do mundo, incluindo degradação do solo, escassez de água e competição com o agronegócio de larga escala. Em resposta, governos e organizações internacionais têm incentivado práticas sustentáveis, como a agroecologia e o uso de tecnologias acessíveis, para aumentar a resiliência dos pequenos produtores diante das mudanças climáticas e da volatilidade dos mercados globais.
Crédito: Instituto Humanistas Unisinos (2025)
Além de sua importância econômica, a agricultura familiar exerce um papel fundamental na manutenção do equilíbrio social e ambiental. Ao promover a produção em pequena escala e diversificada, esse modelo contribui para a geração de empregos e para a fixação de populações no campo, reduzindo o êxodo rural e os impactos do crescimento desordenado das cidades.
No aspecto ambiental, práticas como a agroecologia, o plantio consorciado e o manejo sustentável do solo ajudam a preservar a biodiversidade e a reduzir o uso de insumos químicos. Em um contexto de crescentes desafios climáticos, a agricultura familiar surge como uma alternativa viável para garantir a produção de alimentos de maneira sustentável, equilibrando produtividade com conservação dos recursos naturais.
Este artigo tem como objetivo destacar a importância da sustentabilidade na agricultura familiar, abordando práticas e técnicas que permitem equilibrar a viabilidade econômica dos pequenos produtores com a conservação ambiental. Diante dos desafios enfrentados pelo setor, como o acesso a recursos, a degradação do solo e as mudanças climáticas, torna-se essencial discutir estratégias que promovam uma produção sustentável e resiliente.
A relevância do tema se justifica pelo papel crucial da agricultura familiar na segurança alimentar e no desenvolvimento rural, tornando necessário impulsionar políticas públicas e iniciativas que fortaleçam esse modelo produtivo sem comprometer os recursos naturais para as futuras gerações.
Assim, de uma forma pedagógica, para melhorar o entendimento do tema, dividimos o artigo em cinco seções, as quais foram direcionadas preponderantemente para temas importantes da Agricultura Familiar: conceito e sustentabilidade, práticas sustentáveis, desafios para a sustentabilidade, políticas públicas e iniciativas de apoio e as nossas considerações finais.
1 Conceito de sustentabilidade na Agricultura Familiar
A agricultura familiar, essencial para a produção de alimentos em escala global, desempenha um papel vital na construção de um futuro alimentar sustentável e está intrinsecamente ligada ao conceito de desenvolvimento sustentável. Este último, definido como a capacidade de suprir as necessidades da geração presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de suprir suas próprias necessidades, encontra na agricultura familiar um aliado fundamental. Isso porque a agricultura familiar, quando praticada de forma sustentável, contribui para a segurança alimentar, a proteção ambiental e o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais, pilares do desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, a agroecologia surge como uma alternativa promissora para alcançar a sustentabilidade na agricultura familiar.
A agroecologia, que integra princípios ecológicos à produção agrícola, oferece um conjunto de práticas e técnicas que visam otimizar a produção de alimentos, ao mesmo tempo em que protegem o meio ambiente e promovem a justiça social. Ao adotar a agroecologia, os agricultores familiares podem reduzir sua dependência de insumos externos, como agrotóxicos e fertilizantes químicos, que podem ser prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente. Em vez disso, a agroecologia incentiva o uso de práticas como a compostagem, a rotação de culturas e o controle biológico de pragas, que são mais sustentáveis e ecologicamente corretas.
Crédito: Instituto Amazon e Vida (2025)
No âmbito ambiental, a sustentabilidade na agricultura familiar se traduz na adoção de práticas que minimizem o impacto ambiental da produção agrícola, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso inclui o uso eficiente dos recursos naturais, como água e solo, a redução do uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos, e a promoção da biodiversidade. A agroecologia, com seus princípios de conservação do solo, uso eficiente da água e promoção da biodiversidade, contribui significativamente para a sustentabilidade ambiental na agricultura familiar, em linha com as metas estabelecidas pela Agenda 2030 da ONU.
A dimensão social da sustentabilidade na agricultura familiar reside na promoção da justiça social e da segurança alimentar, também contempladas nos ODS. Ao valorizar o trabalho dos agricultores familiares, suas tradições e conhecimentos, e ao garantir o acesso a mercados justos, contribui-se para a redução da pobreza e da desigualdade. A agricultura familiar sustentável, ao adotar práticas agroecológicas, fortalece as comunidades rurais, promove a igualdade de gênero e garante que todos tenham acesso a alimentos nutritivos e de qualidade. Além disso, ao promover a diversidade de alimentos e sistemas produtivos, a agricultura familiar sustentável contribui para a segurança alimentar e nutricional das populações, um dos principais desafios do desenvolvimento sustentável.
No plano econômico, a sustentabilidade na agricultura familiar implica na construção de sistemas produtivos viáveis a longo prazo, outro pilar do desenvolvimento sustentável. O apoio a modelos de produção diversificados, que permitam a geração de renda para as famílias e a criação de empregos no campo, é fundamental. A agricultura familiar sustentável, ao adotar práticas agroecológicas, contribui para o desenvolvimento econômico local, fortalece a segurança alimentar e nutricional, e promove a resiliência das comunidades rurais frente a desafios como as mudanças climáticas. Ao adotar práticas sustentáveis, os agricultores familiares podem reduzir custos de produção, aumentar a produtividade e garantir a rentabilidade de seus negócios a longo prazo, contribuindo para o crescimento econômico sustentável.
Em suma, a sustentabilidade na agricultura familiar é um conceito multifacetado que engloba a proteção do meio ambiente, a justiça social e a viabilidade econômica, com o objetivo de garantir a produção de alimentos para as futuras gerações, em consonância com os princípios do desenvolvimento sustentável. A agroecologia, com seus princípios e práticas inovadoras, oferece um caminho promissor para alcançar a sustentabilidade na agricultura familiar, contribuindo para a segurança alimentar, a proteção ambiental e o desenvolvimento social e econômico das comunidades rurais. Ao investir na agricultura familiar sustentável e na agroecologia, estamos construindo um futuro alimentar mais justo, resiliente e em harmonia com o planeta, e contribuindo para o alcance dos ODS e da Agenda 2030.
2 Práticas sustentáveis na Agricultura Familiar
A adoção de práticas sustentáveis tem se mostrado essencial para a agricultura familiar, garantindo a conservação dos recursos naturais e a viabilidade econômica dos pequenos produtores. Entre as principais técnicas agroecológicas, a rotação de culturas se destaca como uma estratégia eficiente para a recuperação e manutenção da fertilidade do solo. Alternar diferentes tipos de cultivos em uma mesma área ao longo do tempo evita o esgotamento dos nutrientes, reduzindo a dependência de fertilizantes químicos e minimizando a proliferação de pragas e doenças. Essa prática também melhora a estrutura do solo, favorecendo a retenção de água e prevenindo processos de erosão que comprometem a produtividade no longo prazo.
A conservação do solo e da água também desempenha um papel fundamental na sustentabilidade da agricultura familiar. Técnicas como a captação de água da chuva, por meio de cisternas e reservatórios, garantem o abastecimento hídrico em períodos de estiagem, reduzindo a dependência de fontes externas. Já as barraginhas, pequenas bacias escavadas no solo para captar o excesso de água das chuvas, ajudam na recarga dos lençóis freáticos e evitam erosões. O terraceamento, por sua vez, consiste na construção de degraus em terrenos inclinados para reduzir o escoamento superficial da água, permitindo uma infiltração mais eficiente e preservando os nutrientes do solo. Essas práticas são essenciais para manter a produtividade das lavouras e garantir a segurança hídrica dos agricultores, especialmente em regiões mais secas ou sujeitas a longos períodos de estiagem.
O uso de energias renováveis tem ganhado cada vez mais espaço na agricultura familiar como uma alternativa sustentável para reduzir custos e minimizar impactos ambientais. Os painéis solares são uma solução viável para eletrificação rural, permitindo o funcionamento de bombas d’água, cercas elétricas e equipamentos agrícolas sem depender de redes elétricas convencionais. Já os biodigestores transformam resíduos orgânicos e dejetos animais em biogás, que pode ser utilizado no preparo de alimentos ou na geração de energia elétrica, além de produzir biofertilizantes naturais. Essas tecnologias não só garantem maior autonomia energética aos pequenos produtores, como também reduzem as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para um modelo de produção mais sustentável e resiliente às mudanças climáticas.
O controle biológico de pragas é outra solução sustentável que vem sendo adotada por agricultores familiares como alternativa ao uso de pesticidas químicos. Esse método utiliza organismos naturais, como insetos predadores, fungos e bactérias benéficas, para combater pragas e doenças que afetam as plantações. Joaninhas, por exemplo, são eficazes no controle de pulgões, enquanto fungos como o Beauveria bassiana atuam contra insetos prejudiciais. Além de proteger a saúde do solo e das plantas, essa abordagem evita a contaminação da água e reduz os riscos à saúde humana. Com o crescimento da demanda por alimentos livres de resíduos químicos, o controle biológico não só favorece a sustentabilidade ambiental, mas também agrega valor aos produtos da agricultura familiar, impulsionando sua competitividade no mercado.
Crédito: Instituto Agro (2025)
A sustentabilidade na agricultura familiar não se limita apenas à produção, mas também se estende à comercialização dos produtos. As feiras agroecológicas e os mercados locais são espaços importantes para a venda direta dos produtos da agricultura familiar, permitindo que os consumidores tenham acesso a alimentos frescos, saudáveis e produzidos de forma sustentável. Além disso, esses espaços fortalecem a economia local, geram renda para os agricultores familiares e promovem o contato entre produtores e consumidores, criando um senso de comunidade e valorizando a produção local.
3 Desafios para a Sustentabilidade na Agricultura Familiar
A agricultura familiar, vital para a produção de alimentos no Brasil, enfrenta inúmeros desafios que dificultam seu progresso em direção à sustentabilidade. Um dos principais entraves é o acesso ao crédito e às políticas públicas de incentivo. Embora existam programas de apoio, a burocracia e as exigências de garantias para empréstimos dificultam a inclusão dos pequenos produtores. Muitos não conseguem investir em práticas mais sustentáveis devido à falta de financiamento acessível e ao apoio contínuo do governo. É essencial que os gestores públicos repensem as políticas públicas para torná-las mais eficazes, incentivando tanto a adoção de tecnologias sustentáveis quanto a melhoria das condições financeiras desses agricultores.
A adoção de novas tecnologias sustentáveis é outro desafio urgente. Apesar do crescente interesse por práticas agrícolas ambientalmente responsáveis, muitos agricultores familiares ainda encontram dificuldades para implementar essas inovações. A falta de conhecimento técnico adequado e de recursos financeiros para adquirir equipamentos mais eficientes limita o potencial de transformação dessa agricultura. Além disso, muitos métodos sustentáveis exigem investimentos de longo prazo, o que é desafiador para um setor com margens de lucro frequentemente apertadas. A criação de programas de capacitação e o apoio à transição tecnológica são fundamentais para superar esse obstáculo.
As mudanças climáticas também têm um impacto significativo na produção familiar. Com a intensificação de eventos climáticos extremos, como secas prolongadas, chuvas intensas e geadas fora de época, os agricultores familiares se tornam cada vez mais vulneráveis. Esses fenômenos não apenas afetam a produtividade, mas também aumentam a incerteza sobre as colheitas e os rendimentos. O pequeno produtor, sem grandes reservas financeiras para enfrentar essas adversidades, vê sua segurança alimentar e financeira comprometida. Nesse contexto, é crucial que as políticas públicas estejam alinhadas a ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, oferecendo apoio técnico e financeiro para ajudar os produtores a se protegerem e se adaptarem a essa nova realidade.
Por fim, a agricultura familiar compete constantemente com o modelo da agricultura convencional, que frequentemente prioriza a produtividade a curto prazo em detrimento da sustentabilidade. A pressão do mercado por preços mais baixos torna difícil para o agricultor familiar competir, especialmente quando adota práticas sustentáveis que, muitas vezes, resultam em custos mais altos. É urgente abrir mercados mais justos, que reconheçam e valorizem os produtos sustentáveis. Para isso, é essencial fortalecer redes de comercialização direta, como feiras e cooperativas, e garantir que as políticas públicas criem condições favoráveis para o escoamento da produção familiar. Dessa forma, será possível equilibrar sustentabilidade, viabilidade econômica e competitividade no setor agrícola.
4. Políticas Públicas e Iniciativas de Apoio
A agricultura familiar, responsável por grande parte da produção de alimentos no Brasil, tem sido alvo de diversas políticas públicas e iniciativas voltadas para a sua sustentabilidade. O governo brasileiro implementou, ao longo dos anos, programas que visam apoiar os pequenos agricultores, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Por meio do Pronaf e de outros programas, os agricultores familiares têm acesso a créditos com condições facilitadas, permitindo-lhes investir em práticas agrícolas mais sustentáveis. Além disso, há incentivos para a implementação de tecnologias que aumentem a produtividade de forma ambientalmente responsável, como o uso de sistemas agroflorestais e a agricultura orgânica, favorecendo a conservação dos recursos naturais.
Além das políticas públicas, projetos de organizações não governamentais (ONGs) têm desempenhado papel fundamental no apoio à agricultura familiar no Brasil. Muitas dessas iniciativas estão focadas em capacitação técnica, assistência financeira e promoção de práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente. A ONG Terra de Direitos, por exemplo, trabalha em parceria com comunidades rurais para fortalecer a agricultura familiar por meio da garantia de direitos fundiários e do apoio ao desenvolvimento sustentável. Outro exemplo é o projeto da organização Semear, que proporciona treinamento para agricultores sobre práticas agrícolas regenerativas, ajudando-os a restaurar solos degradados e a melhorar sua produção sem prejudicar o meio ambiente.
Casos de sucesso dessa parceria entre políticas públicas e iniciativas de apoio têm se espalhado por diversas regiões do Brasil. No semiárido nordestino, o programa "Cisternas", em parceria com ONGs locais, tem sido um grande exemplo de como a agricultura familiar pode se adaptar às condições climáticas extremas. Ao instalar cisternas para armazenamento de água da chuva, o projeto tem possibilitado que pequenos produtores cultivem alimentos mesmo em períodos de seca prolongada, melhorando suas condições de vida e garantindo a segurança alimentar para suas comunidades. Esse tipo de iniciativa integra tanto o apoio institucional quanto a cooperação entre setores privados e públicos, mostrando um caminho eficiente para promover a sustentabilidade na agricultura familiar.
Em outros estados, como no Paraná, exemplos de boas práticas são evidentes na agricultura orgânica. Associações de agricultores familiares, como a Associação dos Produtores de Orgânicos de Curitiba (APROC), têm demonstrado o sucesso do trabalho conjunto entre produtores e consumidores. Ao organizar feiras de produtos orgânicos e desenvolver mercados locais para seus produtos, esses agricultores não só conseguiram aumentar sua rentabilidade, mas também fortaleceram a presença de produtos sustentáveis no mercado. Esses exemplos mostram que, quando políticas públicas, ONGs e iniciativas locais se unem, é possível criar um ambiente favorável para a agricultura familiar, promovendo não só a viabilidade econômica, mas também a preservação ambiental e o fortalecimento das comunidades rurais.
5 Considerações finais
Em resumo, a agricultura familiar no Brasil é um pilar essencial para a segurança alimentar e o desenvolvimento social e econômico do país. No entanto, para assegurar sua continuidade e prosperidade, é crucial priorizar a transição para práticas agrícolas mais sustentáveis. Práticas agroecológicas, como a rotação de culturas e o uso de energias renováveis, além de estratégias de conservação de recursos naturais, têm se mostrado eficazes na promoção de uma produção mais responsável e resiliente. A incorporação dessas práticas na agricultura familiar não só contribui para a preservação ambiental, mas também fortalece as economias locais e melhora a qualidade de vida dos produtores, promovendo uma agricultura mais inclusiva e equilibrada.
Para fortalecer a sustentabilidade na agricultura familiar, é necessário um esforço conjunto entre governo, ONGs, setor privado e as próprias comunidades rurais. A ampliação do acesso ao crédito com condições mais favoráveis e a capacitação técnica dos agricultores são passos fundamentais para viabilizar a adoção de tecnologias mais sustentáveis. Além disso, políticas públicas que incentivem a comercialização direta de produtos sustentáveis, como feiras agroecológicas e mercados locais, podem abrir novos canais de venda e aumentar a competitividade da agricultura familiar. Somente por meio dessa colaboração e com o apoio contínuo a práticas agrícolas responsáveis será possível garantir um futuro mais sustentável para a agricultura familiar e, consequentemente, para o Brasil.
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Raimundo Sirino Rodrigues Filho é Engenheiro Agônomo, Pesquisador, Extensionista Rural e Professor Universitário.
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