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Bacabal,14/03/2025

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José de Ribamar Viana

O trabalho dignifica o homem


O trabalho dignifica o homem

Bem, já que passou o Carnaval e, como, graças a Deus, tudo ocorreu dentro do script, sem que houvesse intercorrências aqui em Bacabal e nos municípios circunvizinhos, que tal agora pôr as mãos na massa pra valer? A propósito, dizem no senso comum que, no Brasil, o início dos trabalhos de verdade, ou melhor, com mais intensidade, de fato, inicia-se após o Carnaval.

Certo ou não, brincadeiras à parte, o que sabemos de forma insofismável é que o trabalho dignifica o homem. Nessa perspectiva, existem várias formas de ocupação do ser humano. Uns empreendem, formalmente ou não; enquanto a grande maioria vende sua força de trabalho. Porém, todos esses e tantos outros (trabalhos domésticos das donas de casa que não são remunerados), por exemplo, são trabalhos e, como tal, merecem ser reconhecidos.

No livro "Pai Rico, Pai Pobre", de Robert T. Kiyosaki, na mencionada obra, dentre outros ensinamentos, podemos extrair a mensagem retratada na história de uma criança que ouvia do pai biológico, pobre, "meu filho, estude para arrumar um bom emprego", enquanto o pai afetivo, rico, dizia para a mesma criança: "meu filho, estude para você ser um empreendedor de sucesso".

Ora, como vimos, são duas concepções de “mundo” absolutamente possíveis, necessárias e lícitas, dentro da realidade vivida por cada um dos pais. Na verdade, o pai pobre projetava no filho a realização de um sonho, dentro do “universo” que ele vivenciava no dia a dia, ou seja, conquistar um bom emprego, já que não via ou não podia ver outra forma de ascensão profissional do filho; enquanto o pai rico, por seu turno, tinha outras perspectivas, diante de outro horizonte de possibilidade no seu entorno, ou seja, no “mundo” do empreendedorismo, posto que essa era a sua rotina.

Parafraseando o ex-reitor da UNB, Professor José Geraldo de Sousa, durante a CPI do MST na Câmara dos Deputados, em uma determinada resposta para uma deputada, ele diz o seguinte: "A gente só vê aquilo que a nossa cultura permite que a gente veja". Ou seja, a cognição de cada ser humano nada mais é do que aquilo que podemos representar mentalmente, com base nos conhecimentos que a nossa cultura nos permite previamente acumular ao longo de nossa existência.

Por óbvio, sabemos que existe mobilidade no tocante à ascensão ou declínio social em decorrência da migração do patrimônio das pessoas. Porém, essa não é a regra. São raras as exceções, portanto não reflete o que ocorre com a imensa maioria da população. Até porque “o homem é produto do meio”. Muito embora, sabendo que o homem pode modificar o meio. Contudo, a rigor, somos afeitos a reproduzirmos aquilo que aprendemos e vivemos. Segundo o provérbio popular: "Diga-me com quem andas que eu saberei quem tu és." Ou ainda: "A gente só dá o que tem.

Por outro lado, nós medimos o comportamento do outro com a nossa régua, cuja mensuração é permeada por uma profusão de crenças e valores que são introjetados em decorrência do meio cultural que vivemos.

A título de esclarecimento, aqui não temos a pretensão de aquilatar se essa ou aquela forma de trabalho é melhor ou pior. Até porque todo trabalho necessário e lícito deve ser digno de sua existência. Por isso, a intenção é dizer que toda forma de trabalho dignifica o homem. Mãos à obra!

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José de Ribamar Viana é Advogado.




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