Liduina Tavares
Um novo ano ou um ano novo
Com a chegada do NOVO ANO começam as felicitações para que tenhamos um ANO NOVO espetacular, próspero, carregado de saúde, paz, amor e comida na mesa.
Nesse início, especialmente, num ano de pós-eleição, as expectativas aumentam em torno da nova gestão tanto do Executivo quanto do Legislativo. Para os chefes dos Poderes, o momento é para rodar o PDCA.
A sigla em inglês PDCA significa: Plan (planejar), Do (fazer), Check (verificar) e Act (agir). É um método de gestão que visa melhorar processos e resolver problemas de forma contínua.
Dois mil e vinte e cinco é um ano novo em todos os aspectos, e no aspecto administrativo está carregado de expectativas. Não é para menos: o prefeito foi eleito por 30.790 votos, 55,07% dos votos válidos; a Câmara de Vereadores foi renovada em 10 cadeiras (embora só 7 dos novos eleitos não tenham a experiência no legislativo). Não se desconsidere que o eleitorado quis manter alguns vereadores, reelegendo-os.
Fato curioso nesse início de ano novo foi a posse dos eleitos. Os dezessete edis tomaram posse às 15:30, no salão da Igreja Assembleia de Deus, na COHAB, e o prefeito foi empossado às 19:30, no largo da Igreja Santa Terezinha. Confesso que, mesmo considerando normal e legítimo o processo, não lembro desse fato na história remota de Bacabal. Se algum leitor puder confirmar se aconteceu antes, informe nos comentários.
Esse fato, neste ano novo, marca: a independência harmônica dos Poderes ou acirra uma queda de braço para medir o poder, definindo quem o detém?
Na Câmara tem vereador de 3, 4, 6, 8 mandatos, tem até vereador que já foi senador, ocupando cadeiras que o povo lhes outorgou, esperando que legislem e fiscalizem como dever de ofício e, de fato, sejam os representantes e lutem pelo mesmo povo que os elegeu: transformem a realidade.
Na prefeitura, Roberto Costa, que declarou dar continuidade ao governo midiático de Brandão, assume o governo com um dos débitos da(s) administração(ões): mais de três milhões de reais. E não é o único – não é inocente, inclusive, pagou ou conseguiu recurso para pagar alguma parcela da negociação com a Equatorial durante a campanha. Não podia macular o governo ao qual se dispôs dar continuidade. O prefeito empossado ontem, 1°/1, terá que gerir várias situações pendentes das várias gestões que o antecederam e o apoiaram.
O povo espera mais que festa para distribuição de cestas, brinquedos, brindes – continue distribuindo, é importante – mas não deve esquecer que assistencialismo sem justiça social é enganação da boa fé da população.
O que se espera nesse ano novo é que os chefes dos Poderes rodem o PDCA, a ferramenta cíclica, eficaz na gestão da qualidade, de forma que a melhoria se torne contínua a cada vez que o ciclo é ativado e retorna ao seu início. E, especialmente, que os bacabalenses tenham um Novo Ano.
Feliz 2025!
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Liduina Tavares é Pedagoga, especialista em fé epolítica, membra fundadora da ABL, idealizadora da APEDBACABAL, foi assessora de educação da Gerência Regional, secretária de educação e vereadora deBacabal.
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